A batalha já dura há anos, séculos, e quase que se ia entrando na 3ª Guerra Mundial por causa de um assunto tão tonto.
Comida Crua Vs Comida Cozinhada.
Para perceber a razão de tal luta há-que estudar o aparecimento da comida cozinhada e o re-aparecimento da comida crua.
Antes, todos comiam comida crua. Depois, houve um gajo (provavelmente sueco) a inventar o fogo e a ingestão de cachorros quentes, entre outros, tornou-se universal. Finalmente, um bando de amantes do revivalismo muito amantes da natureza começaram a rejeitar o fogo e a preparar toda a comida como os macaquinhos o fazem.
Consideravam, claro, que cozinhar era anti-natura e nem sequer para se aquecerem acendiam um lareira. Aqueciam-se através do exercício físico, ou seja, a bater ferozmente em todas as pessoas que pudessem ter os dedos chamuscados.
E pronto, tudo ia assim até à chamada "aldeia global" ter misturado mais os dois mundos. Os restaurantes de comida crua, vulgarmente conhecidos como restaurantes de sushi, saíram da Ásia e estão em todo o lado. Já não há continentes sem sushi, países sem sushi, ou mesmo cidades sem sushi.
Os adeptos da comida cozinhada tornaram-se agressivos, destruíram milhares de restaurantes por todo o lado. As retaliações foram terríveis e a ONU teve que se meter no assunto.
Após meses de negociações, chegou-se a uma solução que não agrada a nenhum dos dois lados, mas que pelo menos não desagrada demais a nenhum dos lados.
Os restaurantes de sushi não foram proibidos, claro, e podem continuar a servir comida crua, mas são obrigados a ter gás que lhes permita servir bebidas quentes. Realmente, os chás não são cozinhados, mas realmente não existiam na natureza, são um pouquinho anti-natura.
Agora tudo parece estar um pouco mais calmo, depois de ter desaparecido das cabeças de muitos a vontade de obrigar a comer comida crua com bebidas quentes. Nunca houve nenhuma lei em vigor a defender tal coisa, mas realmente muitos escolhem fazê-lo e agora realmente há paz.
1 comentário:
Tens de começar a compilar estes texto para publicares o teu livro Crónicas do Absurdo.
Nelinho
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