quinta-feira, novembro 20, 2008

Desafio

Ora cá vamos a um desafio, proposto pela Leeloo...

As regras são:
colocar uma foto pessoal nossa e responder às seguintes perguntas com títulos de músicas de uma banda ao nosso critério.


Banda... 'The Rolling Stones'

1) és homem ou mulher? 'Sympathy for the Devil'
2) descreve-te: 'I'm Free'
3) o que as pessoas acham de ti? 'Midnight Rambler'
4) como descreves o teu último relacionamento: 'She's a rainbow'
5) descreve o estado actual da tua relação: 'Let's spend the night together'
6) onde querias estar agora? 'You can't always get what you want'
7) o que pensas a respeito do amor? 'Jig-Saw Puzzle'
8) como é a tua vida? '(I Can't Get No) Satisfaction'
9) o que pedirias se pudesses ter só um desejo? 'Happy'
10) escreve uma frase sábia: 'Time Waits For No One'

Hão de ser avisadas as pessoas a participar, por enquanto, apenas a INCÓGNITA recebe o desafio.


quarta-feira, novembro 12, 2008

estranho, mas aprecia-se

Antes de sair de casa diz sempre: "Pessoas que mentem estranhamente não me entediam, antes pelo contrário, quando vou a saltitar para o jardim luminoso."

E eu fico em casa só. Ao ir para a janela realmente vejo-a a saltitar feliz e alegre enquanto mostra ao mundo o seu fato de capuchinho vermelho. E eu que brincava com ela quando entrou para a dança e desejava-lhe bons saltitos.

Agora já não dança, e tenho que passar a vida a desejar-lhe bons saltitos. Mas ela continua feliz. E não só sorri muito como se farta de causar sorrisos por todo o lado por onde saltita.

No fundo, consegue ser uma benemérita da nossa sociedade, e nove vezes por dia vai saltitanto por essa cidade fora até ao jardim luminoso, sempre a criar sorrisos. E estranho ou não, os mentirosos também se fartam de sorrir sempre.

sair e voltar do mundo, para o mundo ou no mundo, elas multiplicam-se

Estou ansioso e expectante pela música seguinte. Assim que ela começar eu saio de casa. Não funciono com despertadores, e fiquei viciado neste hábito.

Mas ela continua feliz. Quase não consigo perceber como é que ela tem paciência para mim, muito menos como é que ela continua feliz.

E eu próprio não percebo o meu hábito muito bem. Porque é que me arrisco a ouvir o início de uma música que se calhar adoro e tenho que sair? E corro o risco de encontrar pessoas que nºao interessam a ninguém.

É certo que a tal música que me expulsa deixa em mim alguma vontade de voltar para ela quando estou por fora. Mas eu não sou casado com uma música, nem nunca vou ser. Não devia fazer-me sentir saudades.

E tenho saudades, apesar de tudo. Dela, aliás delas, mas quase que mais dela, da música desaparecida. Mas lá feliz anda ela, a mulher, portanto algures no meio devo fazer algo bom.

porque é que alguém se lembra da hipótese de eu desaparecer por causa de um motivo tão estúpido?

É agradável, usa saltos altos, tem tudo para ser a mulher da minha vida. E isso chateia-me. Não, não estou armado em professor mas faz-lhe mal inspirar tanto fumo só por prazer. Mas ela lá sabe, o que o cigarro lhe dá eu não consigo dar.

Mas continua a transtornar-me constantemente o facto de ela nunca andar com isqueiro. Diz que não tem espaço, e eu tenho sempre que fazer uma pesquisa exaustiva em todos os bolsos sempre que me pede lume. E está sempre no último, comece eu por que bolso começar. Acreditem, eu já experimentei.

Realmente, ela sabe que isto me irrita, eu já nem resmungo. Mas, mesmo assim, passa a vida a dizer que não tem espaço nenhum, que a organização diária falha até com as chaves. E diz que se eu alguma vez desaparecer, vai ser obrigada a começar a andar com o isqueiro nos saltos...

domingo, novembro 09, 2008

quase diário com quase noção do mundo e com quase satisfação

Num dia de manhã levanto-me e saio de casa. Há um buraco no passeio. Não o vejo e caio nele.

No dia seguinte saio de casa furioso com uma pá. Fui tapar o raio do buraco. Consegui, correu bem, mas perdi três autocarros no processo e já não consegui entrar no estúdio.

Ao 3º dia saio de casa bem-disposto. Apetece-me passear, perder-me, distrair-me. Correu bem.

Ao 4º dia não saio. Reparei que estava a perder a razão e a memória. Já nem sequer sabia o diccionário de checo-turco-medieval de cor. Pensei que, aos 60 anos, e sem os excessos da juventude, isto não acontecesse.

Ao 67º dia saí de casa. Tinha decidido correr. Não consegui sair dos degraus.

Ao 7º dia saio de casa e dou-me conta de que, no meio disto tudo, se calhar perdi mesmo a noção das contas e das horas. Saí às três, a pensar em apanhar sol, e afinal estava de noite.

sábado, novembro 08, 2008

Livro de Instrucções para Dizer Palavrões

-Usar com cuidado e humor, e foge a qualquer prazo de validade, a menos que a mãe do insultado já esteja morta.

-Não tome Palavrões depois de se deitar.

-Os Palavrões são aconselhados a pessoas com doenças terminais.

-Contra indicações:
-má utilização pode causar violência desnecessária.
-a má utilização pode piorar drasticamente o humor.

quarta-feira, novembro 05, 2008

Livro de Instrucções para Andar Todo Drogado

-Não veja o "Memento", e se já o tiver visto, veja se bebe muito antes de começar a Andar Todo Drogado, senão vai acabar todo tatuado.

-Fume Charros sempre que puder, especialmente se tiver que escrever tudo o que lhe vier à cabeça.

-As drogas têm prazo de validade, mas isso só afecta o sabor. pode Andar Todo Drogado por causa de algo que surgiu durante o nascimento do seu avô.

-Escreva a sua morada num papel, junto a uma nota de 20 euros. Se estiver Demasiado Drogado e tiver que ir de táxi para um sítio qualquer, a sua morada é sempre uma boa ideia.

-Não ande Todo Drogado se se sentir albino, experimente simplesmente alucinogénios naturais.

-Evite fugir ao pé-cochinho da Polícia, senão eles vão perceber que está Todo Drogado, e não ande com o Livro de Instrucções senão fica preso até aos 92 anos. Se já tiver 92 anos, drogue-se todo à vontade, ande ao pé cochinho em frente a todos e escusa de deixar o Livro de Instrucçóes em casa.

domingo, novembro 02, 2008

A falta de originalidade dá em tragédias

Apetece-me andar e não consigo. Esticar as pernas, lá isso consigo, mas o raio da caneta não quer sair de casa e não me deixa ir sózinho.

Está tudo a olhar lá fora. Parecem uma turba furiosa, mas é só a sociedade que quer que eu entra ou saia, consoante a perspectiva. Mas eu não quero. Quero dizer, não me apetece assim muito. Nem sequer me apetece vestir a camisola para sair, e muito menos lutar contra as memórias que ela traria.

E porque é que eu guardo uma coisa que me ataca com memórias? Não sei bem. Ou se calhar até sei. Não a guardar implicaria arrumação e lixo. E eu lido estupidamente mal com eles. Prefiro lutar contra ou com as memórias. E bem desarrumadas, como eu gosto.

Tenho é muita inveja das crianças. Não por saberem pouco das coisas por que têm que passar ao crescer, se bem que isso até possa estar incluído, mas pela alegria enorme que sempre descobrem em tudo... Enfim, tanta alegria espalhada pelo mundo...

E eu aqui parado. A chorar não, ao menos isso, a chorar claro que não.