Estou ansioso e expectante pela música seguinte. Assim que ela começar eu saio de casa. Não funciono com despertadores, e fiquei viciado neste hábito.
Mas ela continua feliz. Quase não consigo perceber como é que ela tem paciência para mim, muito menos como é que ela continua feliz.
E eu próprio não percebo o meu hábito muito bem. Porque é que me arrisco a ouvir o início de uma música que se calhar adoro e tenho que sair? E corro o risco de encontrar pessoas que nºao interessam a ninguém.
É certo que a tal música que me expulsa deixa em mim alguma vontade de voltar para ela quando estou por fora. Mas eu não sou casado com uma música, nem nunca vou ser. Não devia fazer-me sentir saudades.
E tenho saudades, apesar de tudo. Dela, aliás delas, mas quase que mais dela, da música desaparecida. Mas lá feliz anda ela, a mulher, portanto algures no meio devo fazer algo bom.
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