quinta-feira, novembro 25, 2010

Amo-te, sabias?

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Não. Desta vez não vou mentir. De hoje não passa!

Acabei de sair do médico, e encontro-a ao virar da esquina. Dois dedos de conversa, e dou por mim sentado numa esplanada com ela.

Está a voltar da casa de banho, e eu nem sei o bem o que é que vou dizer. A minha vida dava um filme, mas o realizador é um cabrão...

Começar não custa, até pode ser com uma piada. E depois? Depois é que não sei. A atenção sugadora que que adivinho atrás daqueles olhos intimida-me. E eu preciso de a conseguir. Pelo menos preciso de tentar. Estou há tantos anos à espera, tem que ser hoje! Já não a via desde a páscoa passada, e todos os dias penso nela.

Agora vem com dois copos de vinho num tabuleiro, e vai-se sentar.

Tenho de conseguir levá-la ao mar de emoções no qual navego há tanto tempo... A ver se acontece aquilo com que sonho tantas vezes, uma faísca, um relâmpago, um terramoto, nem sei... Seja o que for que possa fazer deflagrar o amor cuja mera imagem me consome desde que a conheci...

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