"Assim fico a pensar que afinal não tenho muita barba." - pensou o Zeca. Também, seria terrível para um crescido que ainda se sente uma grande criança ter um aspecto tão adulto.
Mesmo com muita barba, trazia sempre consigo o burrinho. O tal burrinho que não servia para nada. Não o transportava e só trazia flores, mascarado de hippie. Mas era simplesmente daqueles casos em que, mesmo sem jogar com ele, era óptimo.
"Raio do brinquedo." - imaginava o Zeca sempre que pensava no seu poder. E não deixava de pensar que ele não voa, mas que consegue ser mais bonito que muitos que voam.
Tal como não há verdade absoluta, o brinquedo perfeito para o mundo inteiro não existe. E, se calhar, isso só fazia o Zeca passear ainda mais satisfeito o burro florido para todo o lado.
"Único, só meu, e ninguém poderá nunca ter um igual."
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