Vem sempre um sorriso
E outro nasce
Mesclam-se, vivos
Esquecem o ontem
E amanhã não existe
Destrói-se o tempo
Tudo desaparece
O selar de lábios
Ignora tempestades
Rejeita doenças
Esquece as dores
No beijo sublime
Que sempre almejei
quarta-feira, novembro 02, 2011
segunda-feira, outubro 03, 2011
Ode ao absurdo
Eu gosto do absurdo.
Não de tudo aquilo a que se costuma chamar absurdo.
Não gosto de desconfortos que tenha por razões imponderáveis que possam ser caracterizadas popularmente como absurdas.
Falo sim daquelas bem ponderadas fugas à realidade que são necessárias e que tentam, no entanto, ser colmatadas pela sociedade.
Infelizmente, vivemos albergados por uma razão quase informática que parece ter surgido para ficar com a revolução industrial.
Há que tentar tirar a realidade do seu eixo.
Chocalhá-la um pouco constantemente, às vezes muito.
Olhar para as coisas belas, milimetricamente estudadas, e fazer algo, o absurdo precisa.
Porque é que uma escultura de que todos gostam perde o seu valor quando deitada ao lado de um caixote do lixo?
Deixa de ser arte?
Ou ganha qualquer coisa?
Chegará a menos pessoas, mas talvez com mais força aos que a vêem.
Porque não pegar no feio?
Porque o feio absoluto não existe.
É uma não-pergunta.
Tudo pode ser deliciosamente absurdo, basta tirá-lo do seu poiso.
Que se fuja às acepções originais da natureza ou das criações humanas.
As funções preconcebidas deixam de interessar.
Tudo nos agrada, repugna ou nos é indiferente.
Porque não melhorar absurdamente as hediondas e anódinas parcelas?
Ainda não inventaram, nem será possível, mas tentam, tentaram e continuarão a tentar criar algo que pense.
Por nós?
Porquê e para quê?
Pensar é o que nos humaniza, não devíamos tentar criar um substituto para cansar menos a cabeça, ela não precisa de descanso.
Viver não é fácil, implica pensar, enganam-se os que procuram o que facilite essa capacidade.
Mas não se pode simplesmente olhar para o que já foi feito, claro que não.
É necessário ser absurdo, rasgar ou desprezar as manchas do passado de quando em quando, e baralhar o presente, criar o futuro.
Tudo pode ser usado como uma peça que engrandeça o absurdo, que faça aquilo de que a realidade precisa, tornar-se irreal, diferente.
Tirar o absurdo à realidade é matá-la, é rejeitar a vida.
Não de tudo aquilo a que se costuma chamar absurdo.
Não gosto de desconfortos que tenha por razões imponderáveis que possam ser caracterizadas popularmente como absurdas.
Falo sim daquelas bem ponderadas fugas à realidade que são necessárias e que tentam, no entanto, ser colmatadas pela sociedade.
Infelizmente, vivemos albergados por uma razão quase informática que parece ter surgido para ficar com a revolução industrial.
Há que tentar tirar a realidade do seu eixo.
Chocalhá-la um pouco constantemente, às vezes muito.
Olhar para as coisas belas, milimetricamente estudadas, e fazer algo, o absurdo precisa.
Porque é que uma escultura de que todos gostam perde o seu valor quando deitada ao lado de um caixote do lixo?
Deixa de ser arte?
Ou ganha qualquer coisa?
Chegará a menos pessoas, mas talvez com mais força aos que a vêem.
Porque não pegar no feio?
Porque o feio absoluto não existe.
É uma não-pergunta.
Tudo pode ser deliciosamente absurdo, basta tirá-lo do seu poiso.
Que se fuja às acepções originais da natureza ou das criações humanas.
As funções preconcebidas deixam de interessar.
Tudo nos agrada, repugna ou nos é indiferente.
Porque não melhorar absurdamente as hediondas e anódinas parcelas?
Ainda não inventaram, nem será possível, mas tentam, tentaram e continuarão a tentar criar algo que pense.
Por nós?
Porquê e para quê?
Pensar é o que nos humaniza, não devíamos tentar criar um substituto para cansar menos a cabeça, ela não precisa de descanso.
Viver não é fácil, implica pensar, enganam-se os que procuram o que facilite essa capacidade.
Mas não se pode simplesmente olhar para o que já foi feito, claro que não.
É necessário ser absurdo, rasgar ou desprezar as manchas do passado de quando em quando, e baralhar o presente, criar o futuro.
Tudo pode ser usado como uma peça que engrandeça o absurdo, que faça aquilo de que a realidade precisa, tornar-se irreal, diferente.
Tirar o absurdo à realidade é matá-la, é rejeitar a vida.
quarta-feira, agosto 31, 2011
O Caos
O caos faz falta
A falta causa dor
A dor constrói o carácter
O carácter destrói-se com o tempo
O tempo falta a todos
Todos querem o que não há
Há solidão na multidão
A multidão nada encontra
Encontra os mistérios no sonho
O sonho faz querer mais
Mais é sempre uma hipótese
A hipótese é o que está por existir
Existir neste mundo custa
O que custa faz vender a alma
A alma é uma ilusão
A ilusão motiva o homem
O homem perde-se a escrever
Escrever faz querer encontrar o amor
O amor é uma sorte
A sorte ajuda os audazes
Os audazes não pensam em tudo
Tudo é um desafio
Desafio é viver com sentido
O sentido é um segredo
O segredo gera confiança
A confiança leva à desilusão
A desilusão dá conhecimento
O conhecimento nunca acaba
Acaba aqui
A falta causa dor
A dor constrói o carácter
O carácter destrói-se com o tempo
O tempo falta a todos
Todos querem o que não há
Há solidão na multidão
A multidão nada encontra
Encontra os mistérios no sonho
O sonho faz querer mais
Mais é sempre uma hipótese
A hipótese é o que está por existir
Existir neste mundo custa
O que custa faz vender a alma
A alma é uma ilusão
A ilusão motiva o homem
O homem perde-se a escrever
Escrever faz querer encontrar o amor
O amor é uma sorte
A sorte ajuda os audazes
Os audazes não pensam em tudo
Tudo é um desafio
Desafio é viver com sentido
O sentido é um segredo
O segredo gera confiança
A confiança leva à desilusão
A desilusão dá conhecimento
O conhecimento nunca acaba
Acaba aqui
domingo, agosto 21, 2011
quarta-feira, julho 27, 2011
a complicação de nascer sem mamas:
Nascemos, metem-nos logo tetas na boca, bem maiores do que as nossas mãos...
Depois, ficamos uns anos a "desmamar", com tudo a correr bem enquanto não vos crescem mamas.
Na adolescência, no entanto, o assunto tetal perturba ambos os sexos:
Nós começamos a deixar de ser quadrados. Afastamos-nos dos livros, e começamos a prestar atenção às belas curvas que vão surgindo à frente dos nossos olhos.
Vocês vêm os vossos corpos a mudar, e começam, nessa altura, a criar o ódio feroz entre mulheres quando ainda são meninas. Simplesmente porque sim. Porque "aquela puta tem umas mamas maiores", "Porque a cabra deixou o joão mexer-lhe nas mamas e ele cagou para mim", "Porque a mãe daquela deve trabalhar à noite para lhe poder comprar aqueles tops e aqueles soutiens que lhe dão mais dez anos"... (nessa altura, é bom parecer mais velho)
Quando se ultrapassa a puberdade, já muito se sabe acerca do mundo, e o nosso instinto natural é muito simples:
Temos de encontrar MAMAS! Não, na realidade, não é assim tão simples como isso. Somos animais, surge, dentro de todos, mesmo dentro daqueles que não querem ter filhos, o instinto de encontrar umas belas mamas para os descendentes! Precisamos de encontrar tetas perfeitas, que jorrem com alegria o elixir do crescimento de que os bebés precisam.
Imagino que, mais tarde, quando chegar a velho, me vá sentir cada vez mais infantil, mais parecido com uma criança... Vou ficando, de certeza, cada vez mais e mais necessitado de MAMAS.
Menos exigente, no entanto...
Depois, ficamos uns anos a "desmamar", com tudo a correr bem enquanto não vos crescem mamas.
Na adolescência, no entanto, o assunto tetal perturba ambos os sexos:
Nós começamos a deixar de ser quadrados. Afastamos-nos dos livros, e começamos a prestar atenção às belas curvas que vão surgindo à frente dos nossos olhos.
Vocês vêm os vossos corpos a mudar, e começam, nessa altura, a criar o ódio feroz entre mulheres quando ainda são meninas. Simplesmente porque sim. Porque "aquela puta tem umas mamas maiores", "Porque a cabra deixou o joão mexer-lhe nas mamas e ele cagou para mim", "Porque a mãe daquela deve trabalhar à noite para lhe poder comprar aqueles tops e aqueles soutiens que lhe dão mais dez anos"... (nessa altura, é bom parecer mais velho)
Quando se ultrapassa a puberdade, já muito se sabe acerca do mundo, e o nosso instinto natural é muito simples:
Temos de encontrar MAMAS! Não, na realidade, não é assim tão simples como isso. Somos animais, surge, dentro de todos, mesmo dentro daqueles que não querem ter filhos, o instinto de encontrar umas belas mamas para os descendentes! Precisamos de encontrar tetas perfeitas, que jorrem com alegria o elixir do crescimento de que os bebés precisam.
Imagino que, mais tarde, quando chegar a velho, me vá sentir cada vez mais infantil, mais parecido com uma criança... Vou ficando, de certeza, cada vez mais e mais necessitado de MAMAS.
Menos exigente, no entanto...
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