O meu texto «Não me cerejes» foi publicado no Notícias da Portela, e fui subtilmente acusado de plágio... Aqui está a acusação, e a resposta.
Marco António em Outubro 8th, 2009 9:58
Exmo. Sr. Miguel Pinto.
Apresentando os meus melhores cumprimentos para toda a organização e, especialmente para si, venho deste modo simbólico, agradecer a mais bela reportagem que tive o prazer de ler no Notícias da Portela. Falo do artigo “não me Cerejes”, de longe, um artigo que dignifica a qualidade da publicação.
Mas, como tudo na vida o tem, existe uma leve alusão a um artigo que em tempos escrevi, num artigo publicado no matutino croata, o Jutarnji List de 21 de Janeiro 2007, do qual sou autor (artigo “Skandinávské cherry”).
Sabendo que não existe qualquer intenção de plágio, no entanto, caso queira publicar mais artigos interessantes, agradecia que me contactasse, para tal, fica aqui o meu mail pessoal:
marcoantonio@jutarnji.list.cr
Espero poder, tambem, manter o bom nível qualitativo e cultural da vossa prestigiada publicação (pelo menos aqui na cidade de Ljubljana).
Sem mais, agradeço a atenção dispensada, subscrevo-me,
Marco António
Miguel Esteves Pinto em Outubro 9th, 2009 21:26
«Ao comer cerejas com os grandes senhores, corremos o risco de receber os caroços em cima do nariz.»
Exmo. Sr Marco António,
Ganhei o dia. Assim que me ligou o chefe de redacção, para me informar que tinha sido acusado de plágio, fiquei com um sorriso nos lábios que não desaparece.
Quando finalmente li a sua missiva, fiquei ainda mais feliz. «Não me Cerejes» dignifica, efectivamente, a qualidade da publicação, obrigado.
E sim, faz uma acusação de plágio escondida na inexistente alusão a um artigo que terá escrito no Jutarnji List, cuja existência eu desconhecia, até agora.
Enganou-se.
Tem outra origem… E estou cheio de vergonha…
«A vergonha não espera por ninguém, a não ser que não a ajudem a chegar.»
O meu tio-avô, na sua penúltima vida, nasceu em Israel e, daí à escandinávia, foi um salto. Implantou, como costume obrigatório no nosso clã, o consumo de chá de cereja escandinava ao acordar, para todos aqueles que estivessem sem rumo.
Além disso, resta a questão do chá de apêndice. Realmente, vem de algum lado. Está escrita, há uns aninhos, a prática de vingança, como a mais cruel possível. Mas isto na Bíblia da Igreja Meso-politâmica do Burnubização do Senhor , que fui eu que escrevi… (Sou o sumo-sacerdote.)
Portanto, mais uma vez agradeço a sua acusação de plágio do seu artigo. Fui ler provérbios escandinavos, que tão bem soam aqui. Sabia que «a afectação é aprendiz do orgulho»?
Eu não sabia. Espero que realmente não bebam chás como os que descrevo, já que são um povo tão inteligente…
Ocorrem-me tão belas expressões escandinavas… (Espero que não tenha escrito um livro de provérbios escandinavos, senão aponta-me logo o dedo, imagino…)
«Quem persegue a outra pessoa priva-se a si mesmo de repouso.»
Se alguma vez visse um texto com semelhanças a um meu, e se a probabilidade de o autor conhecer os meus textos fosse quase nula, eu ficaria feliz. E mostrar-lhe-ia o meu texto, se os considerasse quase gémeos…
Porque «o pensamento não paga direitos de alfândega». E ainda bem que «a corda para amarrar os pensamentos ainda não foi urdida»; mesmo assim, os governos lá vão tentando manipular a informação e fazendo ligeiras lavagens cerebrais. Mas os pensamentos ainda não estão amarrados…
«Quem deseja fazer de louco encontra sempre quem o ajude»
Cumprimentos
Miguel Esteves Pinto
3 comentários:
Legend... wait for it.......................dary!
:)
Meu caro Sr. Pinto, de forma alguma, tive qualquer intenção em o acusar ou colocar numa posição menos confortável na edição jornalística, apenas tive um comentário, julgo estar no meu direito.
Sou um emigrante com saudades da minha terra, portelense de gema, e é dessa minha veia, que aprecio profundamente a edição on-line do Notícias da Portela, recordando os belos tempos, em que defecava a ler a edição em papel que me era entregue na caixa do correio.
Certamente não é do seu tempo, os tempos mudam, vejo que pegou no meu comentário e começou a divagar por temas que em nada têm a ver com o meu simples comentário.
Muito arrogante foi, ao nem reflectir acerca da minha disponibilidade para, gratuitamente, colaborar com essa publicação. Mas acima de tudo, pergunto, terá consultado a edição mencionada e verificado se existe ou não o dito “plágio”?
Caro colega, ando neste mundo, certamente a algumas décadas a mais, no seu lugar, analisava todo o material disponibilizado antes de fazer qualquer tipo de defesa.
Julgo ser oportuno aconselhar-lhe, para numa próxima vez (caso aconteça), em pedir desculpa se existir fundamento para aquilo de que é acusado, em vez de defender-se com comentários e citações vagas sem qualquer tipo de contexto.
Caso não aceite, de forma condigna, este meu “simples comentário”, em nada poderei ajudar para que consiga ser profissionalmente destacado. Mas de uma coisa pode ter a certesa, tal como disse anteriormente, é de longe um artigo muito bem trabalhado.
Não querendo alongar, subscrevo-me,
Marco António
Miguel Esteves Pinto em Novembro 15th, 2009 15:47
Exmo. Sr Marco António,
Achei fantástico que tivesse respondido, já que o mail que tinha indicado não funcionou. Achei estranho, quando tentei enviar aquela missiva e recebi uma mensagem de erro. Deve haver um problema qualquer no leste da Europa.
No entanto, imagino que o seu mail tenha que funcionar, já que vive na capital da Eslovénia e escreve para um jornal croata…
«Muito arrogante foi, ao nem reflectir acerca da minha disponibilidade para, gratuitamente, colaborar com essa publicação.»
Pois é, eu consigo ser arrogante de tempos a tempos, regra geral surge motivada pela estupidez alheia. No entanto, se quer colaborar com o Notícias da Portela, tente enviar um mail para o presidente, ou para o chefe de redacção.
«Mas acima de tudo, pergunto, terá consultado a edição mencionada e verificado se existe ou não o dito “plágio”?»
Esta pergunta é tão estúpida, e faz tão pouco sentido, que nem sei o que dizer… Se nunca consultei a edição mencionada, seria um pouco difícil haver plágio, se calhar. Só se calhar… Mas responda, tenho a certeza que descobrirá uma forma de o fazer.
Do fundo da sua carreira extensa, aconselha-me: «no seu lugar, analisava todo o material disponibilizado antes de fazer qualquer tipo de defesa». O título surreal que inventou não aparece em lado nenhum, estranhamente. Nem encontro o seu nome no site do Jutarnji List, mas isso será provavelmente porque a minha ligação às línguas da Europa de leste é fraca.
Não pense que me colocou «numa posição menos confortável na edição jornalística». Pelo contrário, fiquei feliz ao ler as suas palavras. São sinal de que alguém me lê.
De resto, já que indica que já não mora em portugal, aconselho-o a ler as suas próprias palavras quando está a defecar. Calculo que sejam adequadas.
Cumprimentos
Miguel Esteves Pinto
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