quinta-feira, dezembro 17, 2015

Há dias em que o mundo é cinzento

Outros em que me sinto daltónico


Há dias em que gosto de tudo, até de mim


Dias em que procuro algo são todos


Há dias inúteis, tantos


Há dias com a mania que são mais do que os outros


Há dias em que nem um chá consigo beber


Alguns em que me sinto capaz de criar o mundo


Há tantos para mandar embora da minha vida para sempre


Dias constipados, vomitados, irritantes


Sublimes também, mas são raros


Ele há dias    

sexta-feira, dezembro 11, 2015

Esplanada

Trinta e quatro cadeiras vazias
Mais uma ocupada 
Outro estranho com cara familiar
Tantos 
Elas vagam e recebem novos cus
Menos as minhas
Nenhuma donzela em apuros por um assento 
Os da bola nem perto, já sabem
As velhinhas já não me guiam para o céu 
E tu não chegas
Nunca chegas 
Escrevo e risco e escrevo e bebo e risco mais
E escrevo
A minha cadeira ficou fria